Esclerometria em Concreto

A esclerometria é um método não destrutivo utilizado para avaliar a homogeneidade da dureza superficial do concreto em estruturas existentes. Este método é frequentemente utilizado na indústria da construção civil para verificar a qualidade do concreto e avaliar a sua homogeneidade de concretagem. O instrumento principal utilizado na esclerometria é chamado de esclerômetro de Schmidt.

É importante salientar que a esclerometria não deve ser usado para a estimativa da resistência à compressão do concreto na superfície da estrutura. A resistência real do concreto no interior da estrutura pode variar devido a fatores como a qualidade do concreto, idade, exposição a condições ambientais, entre outros. Portanto, a esclerometria é mais frequentemente usada como uma ferramenta de triagem inicial para identificar áreas de possível preocupação que podem exigir uma investigação mais detalhada, como ensaios destrutivos.

  1. Esclerômetro de Schmidt: O esclerômetro de Schmidt é um dispositivo portátil que consiste em um martelo de impacto e um medidor de rebote. O martelo de impacto é pressionado contra a superfície do concreto e solto para que ele rebata. O medidor de rebote mede a energia cinética absorvida pelo martelo e convertida em uma leitura numérica, chamada de número de rebote.
  2. Medição do Rebote: O operador do esclerômetro realiza várias medições de rebote em diferentes pontos da superfície do concreto. A média dessas medições é geralmente usada para determinar a resistência à compressão do concreto.
  3. Interpretação dos Resultados: Com base na estimativa da resistência à compressão, é possível avaliar se o concreto atende às especificações de projeto, se está em boas condições ou se precisa de reparos ou reforços.

Objetivos da Esclerometria

  1. Monitorar a Degradação do Concreto: Ao longo do tempo, o concreto pode se deteriorar devido a fatores ambientais, como exposição a agentes químicos ou ciclos de congelamento e descongelamento. A esclerometria ajuda a monitorar a degradação do concreto e a determinar a necessidade de manutenção ou reabilitação.
  2. Apoiar o Controle de Qualidade em Construção: Durante a construção de novas estruturas de concreto, a esclerometria pode ser usada para verificar se o concreto atende às especificações de projeto e se não há defeitos superficiais que possam comprometer a durabilidade da estrutura.
  3. Fornecer Informações para Tomada de Decisões: Os resultados da esclerometria fornecem informações valiosas para a tomada de decisões relacionadas à segurança estrutural, manutenção preventiva e planejamento de reparos ou reforços.
  4. Identificar Áreas Críticas para Ensaios Destrutivos: A esclerometria pode ser usada como uma ferramenta de triagem inicial para identificar áreas de uma estrutura que podem requerer ensaios destrutivos mais detalhados, como ensaios de compressão direta em amostras de concreto retiradas do local.
  5. Economizar Tempo e Recursos: Como a esclerometria é uma técnica não destrutiva, não é necessário quebrar ou danificar o concreto para realizar as medições. Isso economiza tempo e recursos, minimizando o impacto nas operações da estrutura.
  6. Contribuir para a Segurança Pública: Em estruturas críticas, como pontes, viadutos e edifícios públicos, a esclerometria é fundamental para garantir a segurança pública, identificando defeitos que possam representar riscos à integridade da estrutura.
  7. Avaliar a Eficiência de Reparos e Reabilitações: Após a realização de reparos ou reabilitações em estruturas de concreto, a esclerometria pode ser usada para avaliar a eficácia dessas intervenções e garantir que os problemas tenham sido corrigidos adequadamente.